Vou prá Itabira ver o poema no paredão
Vou dançar com a Tita do velho Chico
cosendo fitas no coração
Vou encontrar a Nêga
e desvendar os segredos do casarão
Espalhar as pedras e os tropeços
De uma bateia na tradição
Vou balançar a vista numa gaiola
que leva embora
entre suspiros
aqueles trilhos rasgando o chão
ver o atoleiro
que ficou no pé do monte
espiar da janela
a profética fotografia de Drummond
que é, só uma
não mais que uma
canção de dor